Não te vejo.
Outrora via-te, ali, de braços abertos...
Primeiro, baixaste-os. Depois, o teu sorriso rasgado foi substituído pela indiferença de quem se esqueceu. E viraste costas.
Não foste em frente… saíste para o lado! Para qualquer lado.
Deixaste-me só no meu futuro. Como já me tinhas deixado no presente, sem eu me aperceber! Sem eu me querer aperceber...
Contudo, tenho-te em mim… bem guardado. Fazes-me sorrir e chorar, ainda! Mais chorar que sorrir, agora... Mas, ainda assim, hoje, quero-te manter aqui dentro.
"- O que é que "estar preso" quer dizer - disse o principezinho? - É a única coisa que toda a gente se esqueceu - disse a raposa. - Quer dizer que se está ligado a alguém, que se criaram laços com alguém.- Laços?- Sim, laços - disse a raposa. - Ora vê: por enquanto, para mim, tu não és senão um rapazinho perfeitamente igual a outros cem mil rapazinhos. E eu não preciso de ti. E tu também não precisas de mim. Por enquanto, para ti, eu não sou senão uma raposa igual a outras cem mil raposas. Mas, se tu me prenderes a ti, passamos a precisar um do outro. Passas a ser único no mundo para mim. E, para ti, eu também passo a ser única no mundo..."
Saint-Exupéry (O principezinho)
2 comentários:
sem palavras...
(por isso limito-me a aplaudir)
Eu estou presa a ti e às tuas palavras!
Beijinhos presos***
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